Total de visualizações de página

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A rua, a consciência e o velho

A rua, a consciência e o velho
Jony Reys

Nada mais mágico que o anoitecer... 
Um turbilhão ilusório de idéias planam no céu do sonhador
Enquanto que, a noite, sorrateira, enegrece o verde serrano, e
Deita o manto "brisaico" sobre a Ágora vazia. 
O incauto, observador, introspecta...
Viaja profundo no mar da filosofia. 
Via de regra, a rua nua, aguarda ao sabor do redemoinho
Uma tempestade que não vai chegar. 
O pseudo pensador imagina-se revolucionário...
Uma força bélica
Para, de alguma forma, a transformar a vida da consciência infantil comunal...
E na rua, na única rua, onde aos domingos uma feirinha
Permite-se invadida de leguminosas e bugigangas
A alterar a vida pacata do lugar.
A caricatura comunista embarca num devaneio insurrecional...
Vetustos "camponas" se rebelarão e farão greve no domingo...
Empunharão foices e enxadas...
Marcharão ante opressores vaidosos: 
Do calça-curta valente ao inspetor de rendas mesquinho...
Do clérigo obeso ao pastor avarento...
Do turco esperto ao vendeiro que engordava as notas. 
Ahhh, dá um breque...
Que revolução que nada,
Volta-se ao real...
Esses "camponas" de merda não têm consciência ideológica...
Não se reconhecem oprimidos da classe campesina... 
Que revolução será essa? Nunca arma...
Sempre desconstruída embrionária do ideário pueril do velho militante...
Digressivo rua acima, meio a doutrina que o cativa e o devora
Segue demente... Meio que sem razão
Caminhando em soluções a tempo perdidas.