Hoje eu li um artigo de José Saramago - O Fator Deus - Não é um artigo novo, mas prima por sua perenidade. É crível que esse fator rege mentes humanas a ponto das maiores atrocidades interhumanos. Seria em nome do amor (de Deus). E o Amor, deus grego, impiedosamente assassinado em nome do amor (de Deus), sobrevive apenas nas almas poetizadas.
O "Fator Deus", de Saramago, nada mais representa senão, os atos atrozes de guerreiros africanos mulçumanos ou cristãos, de fundamentalistas indonésios ou talebãs afegãos, de inquisitores europeus, ou de protestantes americanos, sem falar do sionismo rancoroso.
Sei ser temeroso ao me reportar ao amor de Deus, num país de evangélicos que queimam terreiros, onde os "lucas terra" perecem por aí. Mas, assim como Saramago, entendo que a humanidade precisa dela própria para resgatar a essência do homem, e abolir esse amor divino vingativo, perverso, desumano e inglório. Precisamos ser mais humanos, e não de Deuses dessa estirpe, impostos à sombra do medo e da ilusão.
