Total de visualizações de página

sábado, 31 de julho de 2010

A FALSA FESTA II

A Falsa Festa II
Jony Reys

Um clima de tristeza no ar... o que já havia sido motivo de alegria, parecia mais um cortejo fúnebre. As baianas já não gingavam como d´antes e a timidez, jamais vista, expressava a falta de motivação fustigada por um dissimulado e derrotado bloco de rufiões a puxar, de onde se espera apenas a violência e o enriquecimento fácil com o dinheiro público, diante de um povo pacato e silente. As charangas sem brilho eram levadas a doses de alegria forçadas pela luta da sobrevivência. Falsa festa esta, onde rumores e boatos superam a verdade e onde críticos e sensores se encontram no despeito e na desordem, enquanto os outros, desavisados, se afogam na embriaguez deseducada. Inertes, os pisos em relevo sofrem com o arrastar pesado da procissão. A turma, exceto lacaios agitados e puxa-sacos, carregava na face a expressão de desânimo, e o tempo... ah... o tempo, a este caberá: corrigir desvios, reunir os bravos, reacender a chama da alegria, nortear os trilhos da felicidade. Caberá também ao poderoso Tempo, premiar aos de bons sentimentos e fazer penar até ao esquecimento e desgraça os passageiros servidores de satanás que atormenta todo o povo de boa índole.

4 comentários:

  1. Triste como somos hoje apenas um reflexo do que erámos dantes. Nossas tradições se perderam entre o pão e o circo. Nossas manifestações são guardadas no nosso interior por falta de opções melhores. Nossa liberdade é nossa própria prisão. Principalmente porque nossa voz, se não for para entor canções vazias de sentido e cheias de ritmo sexualmente apelativo, nada diz...

    ResponderExcluir
  2. Amigo, que triste festa foi está?Onde os mortos vivos carregam a alça do seu proprio caixão.

    ResponderExcluir

Obrigado!