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domingo, 3 de março de 2013

Extrato de um sonho

Extrato de um sonho

Jony Reys

O lugar é o mesmo... uma lembrança atual.
Novos senhores, velhas práticas.
O quintal... este, já não é o mesmo... parece tão pequenino agora.
As lembranças presentes, lúcidas como nunca, remetem à infância.
Na parte da casa da Vó, a romãzeira, o limoeiro, o abacateiro, o dendezeiro... e as bananeiras.
As bananeiras eram multifuncionais... mas não aparecem protagonistas no sonho.
O dendezeiro sim, ao seu redor, uma peste... galinhas ainda jovens, esticadas ao chão.
Sem ser convidado, um seminovo poderoso impõe lições e ações... que intrujão!
Esta parte, carece de uma reflexão mais aprofundada. 
O que o infame estava ali a fazer? 
Qual o sentido daquilo?
Os abacates não aparecem nítidos, nem do lado do vizinho.
O limoeiro, parecia carregado com a velha praga, só folhas amarelas.
A romãzeira, escondia-se no tempo, sem se fazer lembrar ao certo, mas estava lá.
No lado de minha velha, o coqueiro, a parreira, eram os mais presentes.
O esgoto das águas da pia, azulados pelo sabão, corriam num cano envelhecido.
Novamente, a figura meirinha do novo tutor... aparece em riste.
O quartinho do camarão ainda exala seu aroma inconfundível.
O coqueiro... ahhh o coqueiro, este deveria ser anão,
Mas, só deu frutos depois de gigante.
Ao seu redor os castelos rivais, se confrontavam,
Sempre defendidos por guerreiros de "cascos" de peguary.
A parreira, esta sim, sempre carregada de uvas verdes, ácidas
"Encharcando" de água o céu da boca... só de pensar.
Na sua sombra, uma bateria de latas velhas de todo tipo,
Fazia o som das tardes de solidão... estas ficaram no passado,
Não enriqueceram o sonho.
Que, de tão intrigante e reminiscente,
Me fez matutar um pouco, nesta manhã que gorjeia.