Total de visualizações de página

terça-feira, 26 de março de 2013

Na noite... Em Luar


Na noite... Em Luar

Jony Reys

No meio de tantas canções, te descobri... nua
talvez a lua tenha me inspirado...
não assim, assim... só em noites especiais
Você que na vida... vive... um belo começo
E eu que... vivo mais... fazendo-te sorrir
Feliz... 
Por descobrir-te em outra vida.
Quem dera ser poeta
Para te prosear em letras e sentimentos
Talvez se fizessem canções
Talvez no silêncio, apenas
Ou talvez sinta... talvez pense... talvez transcenda
e eleve os pensamentos... e os desejos
Uma viagem na noite em luar
E... em sua experiência nasce a beleza
Em sua força, a novidade
A criação te traz à vida... em vida
Ímpar... ao sabor da brisa na madrugada
Única... ainda que universal.

domingo, 3 de março de 2013

Extrato de um sonho

Extrato de um sonho

Jony Reys

O lugar é o mesmo... uma lembrança atual.
Novos senhores, velhas práticas.
O quintal... este, já não é o mesmo... parece tão pequenino agora.
As lembranças presentes, lúcidas como nunca, remetem à infância.
Na parte da casa da Vó, a romãzeira, o limoeiro, o abacateiro, o dendezeiro... e as bananeiras.
As bananeiras eram multifuncionais... mas não aparecem protagonistas no sonho.
O dendezeiro sim, ao seu redor, uma peste... galinhas ainda jovens, esticadas ao chão.
Sem ser convidado, um seminovo poderoso impõe lições e ações... que intrujão!
Esta parte, carece de uma reflexão mais aprofundada. 
O que o infame estava ali a fazer? 
Qual o sentido daquilo?
Os abacates não aparecem nítidos, nem do lado do vizinho.
O limoeiro, parecia carregado com a velha praga, só folhas amarelas.
A romãzeira, escondia-se no tempo, sem se fazer lembrar ao certo, mas estava lá.
No lado de minha velha, o coqueiro, a parreira, eram os mais presentes.
O esgoto das águas da pia, azulados pelo sabão, corriam num cano envelhecido.
Novamente, a figura meirinha do novo tutor... aparece em riste.
O quartinho do camarão ainda exala seu aroma inconfundível.
O coqueiro... ahhh o coqueiro, este deveria ser anão,
Mas, só deu frutos depois de gigante.
Ao seu redor os castelos rivais, se confrontavam,
Sempre defendidos por guerreiros de "cascos" de peguary.
A parreira, esta sim, sempre carregada de uvas verdes, ácidas
"Encharcando" de água o céu da boca... só de pensar.
Na sua sombra, uma bateria de latas velhas de todo tipo,
Fazia o som das tardes de solidão... estas ficaram no passado,
Não enriqueceram o sonho.
Que, de tão intrigante e reminiscente,
Me fez matutar um pouco, nesta manhã que gorjeia.

domingo, 6 de janeiro de 2013

O Cassino


O CASSINO
João Carlos

Estava a ler Jorge Luis Borges, e seu saudosismo... Que juvenil. O tempo em que não precisava de passaporte pra cruzar o mundo, que, sempre em guerra, preservava valores mais profícuos.
O mundo virou um Cassino afinal, eis a constatação. Os valores foram ficando para trás, subsistem apenas como moeda de opressão pra manter subjugado os fiéis carregadores de piano – o povo. Falo do valor humanístico, natural. Mas, o que importa afinal? O povo, este vive ao labor da tecnologia, embebecido pelo consumismo e embalado pelas novelas fantasistas do horário nobre. Isto basta. A revelação da consciência ainda não está por vir, e o pior, parece recrudescer numa nova era das trevas. O iluminismo se opaca, e os pensantes não veem saída. Nada de muito revolucionário depois de Marx, seu panteão, com a devida vênia, permanece referência para adulações e adorações, golpes e revoluções, teorias e maldições.
O cassino em que vivemos, tem em seu jogo, tudo valer... tudo se corrompe. A liberdade não passa de uma transação verborrágica que ilude e condena, aliás, como todas as bandeiras libertárias, foi engambelada por uma burguesia sempre inovada ao domínio, a manutenção do status quo, a ressurreição continuada do capitalismo. E neste cassino, lutamos em várias frentes: para despertar da ilusão das facilidades, para iluminar nossas mentes em desuso e fatigadas de publicidade do consumo, para recuperar a essencialidade da vida... a natureza, para amar mais do que comprar, do que vender, para ser mais do que ter. Para viver mais do que crescer, do que ser barão, ser rei, ou mesmo dono do pedaço, de vidas cada vez mais sem valor.