Total de visualizações de página

domingo, 4 de dezembro de 2011

A Coreia Antiga


A Coreia antiga

Jony Reys

Ladeada de pedras “vivas”...
Minava aos montes rua abaixo.
Em tardes amenas, abrigava o “três, sete”, o “vinte e um”...
Às sombras de mangueiras envelhecidas, estéreis.
Tendais de peixes salgados, ressecos ao sol, se espalhavam.
A cisterna - água de gasto.
De um lado o barreiro, do outro o brejo.
Às noites, sonatas de pererecas e coros de sapos-boi – um inferno.
Sem falar das muriçocas, maruins, morcegos e corujas, grilos e pernilongos...
a despertar a ira dos caboclos e caboclas do mar.
Na esquina, a escuridão encobria amantes ocultos.
Na venda... Prateleiras vazias, empoeiradas,
Apenas umas poucas garrafas de “jacaré” e “milome”.
Nas madrugadas, os homens em fila, partiam para o “calão”.
Mais tarde, não muito, as mulheres a mariscar na maré baixa.
A vida nada fácil passava lentamente.
E no tempo? Ah... no tempo, a Coréia antiga tem muito pra contar...
... histórias de um passado que parece lúdico, cravadas por
Crioulos, mulatos, negros verdadeiros... nas frontes das novas gerações.