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terça-feira, 19 de abril de 2011

O Retorno

O Retorno

Jony Reys



Enfim o retorno... A vida, ah! esta por certo não voltará ao normal... a face sofrida, as tormentas passadas, o temperamento controlado, mas nem tanto: apenas disfarces... Remete a decisões por necessidade, pensadas, sem garantia de precisão. As vãs tentativas de sanidade gestora esbarram sempre no infortúnio de administrar o Poder. Que rios terá que navegar, para não se afastar do rumo sonhado? A vida parece renovada, mas, as incertezas cotidianas parecem às cegas e o "mar não está pra peixe" diziam os mais velhos. A crise oriunda do desarranjo institucional embolou o "meio de campo" e a partida aparenta começar do zero, tantos são os jogadores que se lançam ao Duelo. O velho sábio poderia ajudar, pois nem sempre na prata da casa encontramos o melhor artilheiro, e a recompensa poderá vir sempre de onde não se espera.
As noites, que penetram sempre em pensamentos sombrios e devaneios ilógicos, ajudam e atrapalham, não dá todas as respostas, e para o jogo de xadrez, parecem faltar pedras e o rei não encontra seu bispo para dar o xeque mate. O tempo aparece nublado, e tempestades não são de fácil presciência. O jogador se faz bravo e parte para a nova peleja convicto da vitória, entretanto, carece de confiar no novo, no desconhecido, no incontrolável, para poder despertar triunfante e permanente, numa história que pode apenas estar começando, ou, de outra forma, firmando seu crepúsculo sem final promissor.